Revista da Flora medicinal -1937 – Farm. Oswaldo de Almeida Costa
Também conhecida com o nome e Piraguaia. Paraguaia, Pereiguar, significa bom para pele, Puruuara, Piraguara Pirigaia, Cipó de Carneiro
Esta Planta cujo nome científico foi dado em homenagem ao missionário jesuíta, Anchieta, era usada pelos índios na época do descobrimento.
A raiz é a parte mais ativa da planta, sendo também usados pelo povo, as folhas e o caule.
Quem primeiro analisou esta planta foi Theodoro Peckolt em 1859, que dela extraiu, um princípio ativo básico cristalizado que denominou anchietina. Em investigações posteriores, aperfeiçoou o processo de extração. O trabalho resulta em cristais amarelos, pouco solúvel em água e insolúvel no éter.
As raízes contem bastante amido, substâncias péticas e resinosa.
Segundo a Farmacopéia 1929 são consignadas apenas duas preparações: extrato fluido e tintura.
O seu emprego segundo Peckolt nas escrófulas, erisipelas, afecções de garganta e laringe especialmente em doenças de caráter hepético. Como depurativo nas afecções cutâneas, feridas, etc., usa-se o decoto da casca da raiz na dose de um cálice pela manhã e outro a noite.
O xarope que se prepara com o extrato fluido é recomendável para uso das crianças na dose de três colheres de chá três vezes ao dia.
A tintura pode ser utilizada na dose de duas colheres de sobremesa 2 vezes ao dia, para adultos. Como laxativo pisam-se as cascas frescas com açúcar e toma-se com um pouco de água. É aconselhado como eficaz no tratamento da coqueluche, na dose de uma colher de chá do xarope quatro vezes ao dia
No caso de emprego da planta contra a Lepra: atua rapidamente sobre as lesões sifilíticas da pele, porém, não parece ter ação sobre as manifestações leprosas.
As folhas e as cascas frescas da raiz pisadas, são ainda aplicadas, sob a forma de cataplasma, sobre a feridas crônicas.