domingo, 24 de outubro de 2010

Aloe Barbadenses - Mill

Já se vão séculos que a babosa é cultivada em quase todos os jardins do Brasil. Nos escritos de Vicente Yanes Pison e do holandês Margrave em seus livros fornecem noticias desta planta.

Tem folhas grossas, carnosas, de 20-50cm de comprimento sobre 8 de largura, firmes, quebradiça, terminadas na parte superior por uma ponta com as bordas cheias de pequenos espinhos dispostos de maneira dos dentes de uma serra; flores tubuladas de cor amarela, dispostas em espigas sobre um longo pedúnculo que parte do centro das folhas.aloe_vera_babosa

As folhas tem, na sua parte interna, uma polpa mucilaginosa inerte, apresentando na parte externa vasos próprios cheios de um suco amargo, que, depois de evaporado a consistência de extrato, constituem o produto usado na terapêutica soba denominação de Aloés.

Os processos empregados para a obtenção do Aloés são variáveis. Alguns usam corta as folhas carnosas pela base, dependurá-las sobre uma cuba, de maneira que esta receba o suco que escorre da incisão, evaporando-o depois ao sol ou ao fogo; outros contundem as folhas, expremem-nas e, pelo repouso, separam o suco que é evaporado a consistência necessária, ou então cortão as folhas em pequenos pedaços, mergulhando-os  durante dez minutos em água fervendo, substituindo-os por outros pedaços  até que o liquido fique bem carregado; deixam esse líquido, arrefecer e ficar em repouso durante algumas horas, e finalmente, separam por decantação o liquido, que é evaporado a fogo brando até a consistência de extrato mole e derramado em vasos apropriados, onde permanece até completa dissecação.

O primeiro processo dá um  produto mais puro, porém menos rendoso.

Conforme o processo empregado para sua extração, assim varia a coloração e opacidade do aloés, sendo geralmente frágil, quebradiço, translucido ou opaco, de cor castanha preta ou chocolate, de sabor muito amargo, aroma particular e dando pela pulverização um pó amarelado.

O aloés translucido, solido ou mole, de cor avermelhada, de aroma não desagradável, é o que é conhecido por Aloés  socotrino, ou Aloés lucido; sendo da cor do fígado opaco, é denominado aloés hepático, e o que se apresenta em massa de cor preta, de aromas nauseoso, de sabor desagradável, contendo diversas impurezas, é chamado: Aloés caballino (de cavalo) pelo uso que deles fazem estes animais.

O aloés puro é solúvel no álcool e na água fervendo, insolúvel no clorofórmio, no sulfureto de carbono e no éter.

A composição química do aloés é um tanto variável, conforme a sua proveniência; o aroma que ele possui é devido a um óleo especial de cor amarelada.

As folhas da babosa são usadas, quando frescas e contusas, como emolientes e resolutiva.

A parte interna carnosa das folhas é separada, lavada, cortada sob a forma de supositórios e aplicada como calmante contra os acessos hemorroidários.

As folhas secas, em cozimento, são usadas como emolientes e a parte mucilaginosa das frescas é aplicada  topicamente para evitar a queda dos cabelos. São também usadas para desmamar as crianças, aplicando o suco topicamente nos bicos dos seios, dando mais um forte amargo.

Contusas e fervidas as folhas frescas com óleo de amêndoas até completo desaparecimento de toda umidade, é obtido, depois de filtrado e aromatizado com diversas essências, o produto chamado “óleo de babosa”, muito afamado para evitar a queda dos cabelos e ajudar o seu crescimento.

O suco seco, ou em extrato mole (aloés), é usado internamente contra as dispepsias, nos estados congestivos do fígado, nas hidropisias, nas hemorróidas, nas diversas moléstias da pele, como anthelmintico.

A palavra babosa resulta da semelhança que há entre entre o suco mucilaginoso exsudado da planta por incisão e o produto da secreção salivar, quando excessivamente espesso (baba), principalmente em certas espécies de animais.

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